[Cuidados] O perigo do ácido Glioxílico e os alisamentos sem formol.

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           Meu cabelo era fino e ondulado, mas fazia escova inteligente para baixar o volume e não ter muito estresse com o cabelo no dia a dia. Percebi que ele foi ficando com a aparência plástica e a raiz grossa e quebrada. Decidi me libertar das químicas e assumir os naturais, mas o estresse não me deixou escolha senão me render aos tratamentos ditos orgânicos. Fui ao cabeleireiro, passei 7 horas sofrendo e sai texturizada. TEXTURIZADA! O cabelo ficou bonito, mas não do meu gosto, pois amo os cachos discretos que com a inteligente apareciam. Fui pesquisar um pouco sobre esse tipo de alisamento orgânico e "sem formol" e voilá: NÃO TEM formol na composição, mas FORMA formol com a alta temperatura da chapinha.



             Segue abaixo a orientação do uso de alisantes pela ANVISA (Agencia Nacional de Vigilância Sanitária): 
Os alisantes são produtos que alisam, relaxam, amaciam e reduzem o volume dos cabelos, de maneira mais ou menos duradoura. Estes produtos possuem substâncias que são irritantes para a pele e, se utilizados inadequadamente, podem causar queimaduras graves no couro cabelo, quebra dos fios e queda dos cabelos.

Todos os alisantes, inclusive os importados, devem obrigatoriamente ser registrados na Anvisa, pois podem possuir substâncias proibidas, de uso restrito e em condições e concentrações inadequadas, que podem ser nocivas. Existem substâncias ativas específicas com propriedades alisantes como ácido tioglicólico, hidróxido de sódio, hidróxido de potássio, hidróxido de cálcio, hidróxido de lítio, hidróxido de guanidina permitidas pela legislação. Substâncias como formol e glutaraldeído NÃO são permitidos como alisantes. Por isso, antes de alisar os cabelos, verifique na própria embalagem se o produto a ser utilizado está registrado na Anvisa. 
             Vejam que ela ressalta a PROIBIÇÃO do formol na composição:
O uso do formol como alisante capilar NÃO é permitido pela Anvisa, pois esse desvio de uso pode causar sérios danos ao usuário do produto e ao profissional que aplica o produto, tais como: irritação, coceira, queimadura, inchaço, descamação e vermelhidão do couro cabeludo, queda do cabelo, ardência e lacrimejamento dos olhos, falta de ar, tosse, dor de cabeça, ardência e coceira no nariz, devido ao contato direto com a pele ou com vapor. Várias exposições podem causar também boca amarga, dores de barriga, enjoos, vômitos, desmaios, feridas na boca, narina e olhos, e câncer nas vias aéreas superiores (nariz, faringe, laringe, traquéia e brônquios), podendo até levar a morte. 
             De forma a burlar as restrições da Anvisa, os fabricantes usam na composição de muitos alisantes o ácido glioxílico que não é formol, mas em altas temperaturas o forma. Fazendo a chapinha e o secador semple ser parte do processo de alisamento. O mais chocante é ter seu uso estimulado pela mídia, como no vídeo abaixo:




          Não sei qual a data do vídeo do programa da Eliana, mas em 2013, o Fantástico fomentou uma pesquisa do ácido glioxílico. Foi essa reportagem que me motivou a postar sobre isso. Veja ela abaixo: 


         Veja o que a orientação da Anvisa sobre esse ácido:
O ácido glioxílico é um ingrediente utilizado em produtos cosméticos com a função de ajuste de pH e tamponante.
Segundo dados da literatura, o ácido glioxílico submetido a altas temperaturas libera formol e isso implica risco à saúde do consumidor e do profissional do salão de beleza. Portanto, não existem dados de segurança suficientes que assegurem a utilização do ácido glioxílico em produtos com ação alisante e/ou submetidos a tratamento térmico.
Assim, produtos para procedimentos de alisamento capilar tais como “realinhamento capilar, defrisante, botox capilar, reestruturação capilar, blindagem capilar, escova progressiva” e outros cujo modo de uso esteja associado ao uso de chapinha estão todos irregulares no mercado.
Caso o consumidor e profissional do salão de beleza encontre algum produto contendo ácido glioxílico com essa finalidade deverá denunciar à vigilância sanitária estadual ou municipal: Vigilância Sanitária no Brasil.

Para produtos irregularmente notificados na Anvisa serão adotadas as medidas sanitárias pertinentes.

A Anvisa está avaliando o uso da substância em preparações cosméticas. O estudo ainda está em andamento e os resultados serão utilizados para elaboração de regulamentação específica.

Para produtos irregularmente notificados na Anvisa serão adotadas as medidas sanitárias pertinentes.
A Anvisa está avaliando o uso da substância em preparações cosméticas. O estudo ainda está em andamento e os resultados serão utilizados para elaboração de regulamentação específica.
           Saiba mais sobre alisantes no Portal da ANVISA

           Compartilhe com as amigas e os amigos sobre isso. Vocês já fizeram algum alisamento sem formol? Faz com formol sem saber os perigos? Comentem!

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Autora

Apaixonada por muitas coisas. Uma delas é fazer exatamente o que eu estou fazendo com a minha vida: nada.

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